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O que é a Lipoabdominoplastia?
É a cirurgia que consiste na associação de duas técnicas consagradas, a lipoaspiração e a dermolipectomia abdominal (plástica do abdome). Esta cirurgia além de “esticar” a pele da barriga, diminui a espessura do panículo adiposo abdominal deixando o corpo com um contorno mais harmônico. Porém não é possível retirar toda a gordura do abdome, devendo se preservar uma camada de gordura próxima a pele, com intuito de evitar retrações e irregularidades e de manter a vitalidade da mesma.
É indicado em pacientes que possuem além do aumento da camada de gordura do abdome um certo grau de flacidez de pele nesta região.

Qual o volume máximo de gordura que pode ser aspirado?
O volume máximo a ser aspirado de acordo com normas estabelecidas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é de até 7% do peso corporal do paciente. Porém este valor pode variar um pouco devido a outros fatores, como idade da paciente, resultados dos exames laboratoriais, perda sanguínea durante o ato operatório, etc…

O que esperar de uma lipoabdominoplastia?
Não se deve esperar milagres. Sendo uma cirurgia que retira determinada quantidade de pele e de gordura, evidentemente haverá uma redução no peso corporal, que varia de acordo com o volume do abdome de cada paciente. Não são, entretanto, os “quilos” retirados que definirão o resultado estético, mas sim as proporções entre as diferentes regiões corporais. A maioria dos pacientes apresenta certa “flacidez” do abdome após engordar ou após gestações, com predominância de pele sobre a quantidade de gordura localizada na região. Não está indicada no tratamento da obesidade, sua utilidade é na redução de medidas e na modelagem do corpo. A perda de peso, apesar de não ser o objetivo da lipoaspiração é uma consequência secundária e variável. Se o paciente está com o peso acima do normal, o resultado também será compensatório e proporcional ao restante do corpo; entretanto, os “excessos de gordura” em outras regiões vizinhas ao abdome ainda existirão, o que nos leva a aconselhar àqueles que assim se apresentam a prosseguir com um tratamento complementar: por lipoaspiração (em um segundo procedimento cirúrgico) ou emagrecimento, para equilibrar as diversas partes entre si. A diástase da musculatura abdominal (abaulamento na região central do abdome) é tratada simultaneamente à cirurgia, na maioria dos casos.

A gravidez posterior a cirurgia altera o resultado?
Quanto ao resultado, não se pode prever. Porém a cirurgia não impede que a paciente possa engravidar e neste caso geralmente não leva nenhum transtorno a gravidez. Seu ginecologista lhe orientará melhor sobre a conveniência da nova gravidez.

Como serão as minhas cicatrizes?
A abdominoplastia clássica deixa 2 cicatrizes distintas. A primeira é uma cicatriz circular ao redor do umbigo e a outra é uma cicatriz que vai de um lado ao outro do abdome (em geral passa um pouco da crista ilíaca – osso do quadril – de cada lado do abdome) podendo ser um pouco mais ou menos extensa de acordo com a quantidade de pele de cada paciente. Esta cicatriz geralmente fica na mesma altura da cicatriz da cesariana.
O fato do corte se dar a esta altura, não significa que a cicatriz ira ficar sempre baixa, pois como em geral as pacientes possuem flacidez também abaixo da cicatriz, esta pele ira se esticar para melhorar o aspecto da região pubiana e com isso a cicatriz ira subir alguns centímetros. No início esta cicatriz ficara um pouco acima do local onde ela se posicionara permanentemente, e somente com o passar do tempo (em torno de 18 meses) ela estará em sua posição definitiva.
A qualidade da cicatriz como já explicado depende de vários fatores, não sendo possível prever como ficará.

Será feito um novo umbigo?
O seu próprio umbigo será transplantado e, se necessário, remodelado. Deve-se levar em conta que, circundando o umbigo existirá uma cicatriz, que sofrerá períodos de evolução. Várias técnicas existem para a reimplantação do umbigo. Todas elas são passíveis de futuras revisões cirúrgicas, caso venha a ser necessário.

Deve-se utilizar cintas?
Sim. Cintas especiais são úteis no pós-operatório. A cinta deve ser justa, porém confortável. O ideal é a paciente experimentar a cinta antes de comprá-la, pois apesar de se retirar gordura na cirurgia, irá ocorrer edema. O tamanho ideal é aquele que fique confortável na paciente antes da cirurgia. A cinta deve cobrir toda área operada. O uso da cinta é recomendado pelo período médio de trinta dias. No caso de dúvida entre dois tamanhos recomendamos que se compre o maior, é preferível que a cinta fique ligeiramente folgada do que apertada. Uma cinta muito apertada além de causar mais dor e desconforto, pode causar feridas, principalmente nos “flancos” além de aumentarem a possibilidade de necrose de pele. Na lipoabdominoplastia, ao invés de cinta pós-operatória, é até preferível a utilização de cintas modeladoras (não podendo mesmo assim estarem apertadas).

É verdade que a gordura retirada na lipoaspiração é facilmente recuperada?
Não. A lipoaspiração retira células adiposas do corpo. Funcionando como se a paciente não tivesse aquelas células. Logo, se a paciente fizer uma dieta equilibrada e atividades físicas regulares, ira facilmente manter e ate melhorar o resultado obtido, assim como se fizer uma dieta restritiva ira emagrecer ou se tiver uma dieta mais calórica ira engordar, não tendo a lipoaspiração nenhum efeito nem benéfico nem adverso neste sentido. O que observamos, na prática é que por diminuir a quantidade de células de gordura em determinadas áreas, mesmo quando a paciente engorda após a lipoaspiração, na maioria dos casos, ela mantêm o corpo modelado, com proporções mais harmônicas.

Qual a diferença entre Abdominoplastia e Mini abdominoplastia?As duas técnicas tem como objetivo a retirada de pele do abdome, com intuito de melhorar o aspecto desta região.
A diferença entre as duas consiste na quantidade de pele que será retirada e no tamanho da cicatriz resultante.
Na abdominoplastia retira-se mais pele, deixando-se a barriga bem mais esticada principalmente na porção superior do abdome (acima do umbigo), porém a mini abdominoplastia resulta em cicatrizes menores e mais escondidas.
A mini abdominoplastia tem como limitação não conseguir esticar a pele acima do umbigo, o que só é conseguido na abdominoplastia.
Algumas pacientes podem ter um grau leve ou moderado de flacidez acima do umbigo, que a mini abdominoplastia não consiga “esticar” e não ter flacidez suficiente para uma abdominoplastia, nestes casos a paciente poderá optar por uma mini abdominoplastia, mesmo sabendo que não ficará com o abdome tão esticado, ou por uma abdominoplastia atípica ( cirurgias realizadas nestes casos intermediários – existem diversas técnicas, informe-se mais detalhadamente com seu cirurgião durante sua consulta.)
Cada técnica tem sua vantagem e desvantagem. Deve-se conversar bem com o cirurgião no pré-operatório, para se decidir qual a melhor técnica a ser utilizada no seu caso.

Se optar por realizar uma mini abdominoplastia, como será minha cicatriz?
Esta cirurgia deixa uma cicatriz no abdome com posição semelhante ao de uma cesariana, porém um pouco maior. O tamanho pode variar, de acordo com a quantidade de pele a ser retirada.

Na mini abdominoplastia será feito um novo umbigo?
Não, quando realizamos esta técnica cirúrgica, não teremos cicatrizes externas no umbigo.

É possível amarrar os músculos (correção de diástase) do abdome na mini abdominoplastia?
Sim. Os músculos reto abdominais podem ser aproximados da mesma forma que na abdominoplastia clássica.

Posso fazer a cirurgia plástica junto com a cesárea?
Esta é uma dúvida comum entre as gestantes, uma vez que a gravidez modifica muito o corpo. As cirurgias plásticas não devem ser realizadas no momento do parto ou pós-parto recente. Isso acontece porque a mulher está em fase de regressão do inchaço da gravidez, além de sofrer com as alterações hormonais. O tempo ideal para a realização
de uma plástica no pós-parto deve ser analisado por um especialista. Normalmente, o tempo mínimo é de 6 meses a 1 ano.